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Ano Novo: Escrevendo Nossas Páginas de Fé e Esperança

À medida que nos despedimos do ano que se encerra, é tempo de refletir sobre nossas jornadas, nossas alegrias e desafios. Olhamos para trás com gratidão por tudo o que conquistamos e com sabedoria para aprender com nossos erros. À nossa frente, um novo ano se abre como um livro em branco, esperando por nós para escrevermos suas páginas com histórias de amor, esperança e superação.   Que possamos abraçar o futuro com coragem, determinação e fé, lembrando que em tempos de incerteza, nossa fé nos sustentará. Assim como está escrito em Jeremias 29:11: 'Porque eu sei que pensamentos que tenho a vosso respeito, diz o Senhor; pensamentos de paz, e não de mal, para vos dar o fim que esperais.'   Que em 2024 possamos seguir os planos de Deus, confiando em Sua orientação, e que cada passo que dermos seja um passo em direção à Sua vontade. Que a paz de Deus nos guie, a alegria de Seu amor nos preencha e Sua graça nos sustente ao longo do novo ano. Feliz Ano Novo!".     O amor é

O Cristianismo e a Culpa - Parte 2

       
 Podemos dizer que existe hoje um consenso que nenhuma forma de doença provém da vontade de Deus. No entanto, não podemos deixar de dizer que há um perigoso mal-entendido que precisa ser esclarecido. Pois quando falamos de neuroses, estamos falando de coisas reais a que todo ser humano está sujeito.

          Neurose não é pecado!

     Quando amamos a Deus e confiamos nele, isso não nos capacita automaticamente a nos livrar de temores e neuroses. O que significa que quando dizemos que nenhum cristão é neurótico, estamos fazendo uma afirmação incorreta. Quando se faz essa afirmação podemos está ajudando até mesmo agravar a neurose. Mas tenho certeza que uma grande fé é uma poderosa defesa contra a neurose.

     Na história do mundo encontramos muitas pessoas talentosas que sofreram de grandes conflitos neuróticos, fazendo-as viver sobre a tortura do sofrimento, fazendo-as infelizes e doentes.

      Muitas vezes o sentimento de culpa é agravado nas pessoas por causa da religião. O que faz aumentar o diagnóstico do que se chamam manifestações emocionais mórbidas, que exigem tratamento psiquiátrico.

Sentimentos de culpa quando de origem inconsciente estão sempre presentes nas doenças mentais, sendo esse sentimento de grande importância nas causas e na formação dessas doenças.

“Ter uma fé religiosa consciente e firme não cura necessariamente sintomas e sentimentos neuróticos porque as causas destes estão profundamente enterradas no inconsciente, e crenças conscientes não podem chegar até eles e corrigi-los. Quando estes problemas inconscientes atingem o consciente, e ficamos sabendo o que nos atormenta em nosso íntimo, então a fé religiosa será de grande proveito”.

Como diz o salmista: “A culpa zomba dos insensatos; mas os retos têm o favor de Deus” (Provérbios 14.9), em outras palavras “Os tolos pecam e não se importam, mas os bons querem ser perdoados”.

Isso significa dizer que, assim como trocamos os móveis de nossa casa, precisamos reciclar nossa estrutura psicológica.

Quando nascemos começamos a formar uma história com componentes bons e maus. Tudo que recebemos desde a infância tem uma contribuição para que possamos agir de forma saudável ou doentia.


Muitas vezes a tendência do ser humano é buscar um culpado no passado. Pois a culpa é um sentimento desconfortável, e ele emerge toda vez que fazemos algo mal. E por isso, a culpa tem um papel importante na felicidade do ser humano.

Quando nos descortinamos da vergonha e confessamos nossa culpa, podemos nos tornar uma pessoa maravilhosa, a verdadeira imagem de Deus, que Ele criou em nós. 

Assim como Davi, enquanto esteve calado, sem confessar suas angústias, suas aflições, aquilo que o machucava por dentro, ele se cansava, dia e noite seus ossos doíam, e ele chorava muito.

Foi quando descobriu a graça de falar, de confessar, que ele pôde sentir o alívio em sua alma.

Existem três aspectos sobre da verdadeira culpa, são eles: A culpa em relação a nós mesmo, que esta vinculada com aquela sensação de que as conseqüências do estado em que nos encontramos foram causadas por nós mesmo (Salmos 51, Salmos 32:3-5); em segundo está a culpa em relação aos outros, esta culpa atinge o outro, onde há, portanto um referencial de relacionamento. Uma pessoa se sente culpada pela situação que uma outra pessoa esta atravessando (Gênesis 42.21). Algo atingiu a outra pessoa e muitas vezes, necessita ser reparado (Mateus 5 :23-24). Em terceiro, temos a culpa em relação a Deus, que pode ser a soma dos tipos de culpa anteriores, juntamente com a sensação de que as atitudes não foram feitas de acordo com a vontade de Deus (2 Crônicas 28:13; salmos 51:4).

A culpa é esse sentimento desconfortável que vem a tona quando nos comportamos mal, portanto está ligado diretamente aquilo que fazemos.

Sendo assim, encontramos duas formas básicas de culpa, a primeira baseada no amor e a segunda, baseada no medo.

A primeira nos faz sentir mal, e nos leva a não querer seguir no erro, ela nos leva ao arrependimento. A segunda também nos faz sentir mal, mas ao contrário da primeira, não por causa do arrependimento e sim pelo temor de sermos punidos. Esse tipo de culpa dificilmente pode ser bem aproveitada.

Como diz o apostolo Paulo: “Porque a tristeza segundo Deus opera arrependimento para a salvação, o qual não traz pesar; mas a tristeza do mundo opera a morte” (2 Coríntios 7. 10).

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